D.R. Kurosawa – Uma discussão lenta, imagens lindas, arrozais sob montanhas, silêncios que falam coisas, uma peleja quase em ideogramas.
D.R. MPB - Indecifrável e incompreensível como o “zum de besouro ímã” do verso do Djavan. Muita onomatopéia e nem uma idéia os males da D.R. são.
D.R. Erística _ Como na corrente homônima herdada dos gregos, a arte de triunfar no barraco oral mesmo sem ter razão.
D.R. Roberto Carlos - Detalhes tão pequenos de nós dois que você teima em não esquecer.
D.R. punk-rock _ Três acordes e vai cada um pro seu lado, dormir na casa da mãe, de um(a) amigo (a), hotel, flat, amante, homeless...
D.R. Paulo Coelho _ Depois de “Onze minutos” de sexo, o barraco sempre começa com uma parábola bíblica ou uma lenda árabe.
D.R. Bartleby _ “Prefiro não discutir”, diz uma das partes, repetindo o mantra do escriturário do livro homônimo de Melville.
D.R. free-style _ É a discussão rimada, estilo rap, passionais MC´s: “Assim você me afunda/ com esse pé-na-bunda/ com essa insensatez.../ meu barquinho já naufraga/bossa nova é uma praga/veja só que a vida fez!”
D.R. brechtiana _ A arte de enfrentar o público, seja num botequim seja numa festa, com o distanciamento do personagem, como se dissessem do palco, a cada golpe, “não é nada disso que vocês estão pensando, controlem-se”.
D.R. Abaporu ou D.R. arte moderna _ Típica discussão sem pé nem cabeça, que para nenhum dos dois interessa.
D.R. metalingüística _ A D.R. da D.R., tipo roteiro de Kauffman (“Adaptação”, o filme), exercício das cabeças requentadas ou das mentes ressentidas.
ensina ae Serge...
2 comentários:
uso todas [com ou sem moderação]cada uma no seu tempo, cuidadosamente de acordo com o perfil do que estou afim de colocar em pauta.
c'est la vie!
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